segunda-feira, 16 de março de 2009

A Escolha de Moisés

Quarenta anos depois, e o mesmo assunto vem à tona. Lá estava Moisés fascinado diante da sarça. Não, não era somente uma maravilha da natureza, era algo mais próximo, é como se ela despertasse dentro dele um sonho que já havia sido tão forte um dia, um fogo que ardia sem destruir. A certeza, que anos atrás ele havia tido, renascia. A chama se acendia novamente. Quando menino, foi levado a Faraó pelas águas, quando adulto, pelo fogo.Depois de tantas dificuldades, era mais uma vez desafiado a sair de sua zona de conforto. Moisés reafirmava sua escolha: servir a Deus e ao seu povo. Responder ao chamado de Deus é se identificar com a causa do seu povo, seus sofrimentos e alegrias. É confiar que Aquele que abre o mar também é poderoso para fazer com que as limitações pessoais não sejam mais um obstáculo intransponível. É ousar andar no meio das águas, crendo que aquele que as dividiu é fiel para sustentá-las assim até que se chegue ao destino desejado.Mas como seria o retorno? Provavelmente, não conheceria tantas pessoas como antes. E o palácio de faraó? Um dia foi sua casa... mas nunca o seu lar! Teria livre acesso a ele? E quanto àqueles que queriam tirar sua vida, estariam lá? Tantas perguntas... e, além disso, a capacidade humana de comunicação não era das mais privilegiadas e o passado amargava um assassinato. No entanto, ele decidiu ir. O resto da história nós conhecemos bem, os sinais, os milagres, as maravilhas... Que lição! Não há como responder ao chamado olhando somente para si, pois o propósito maior de Deus é abençoar todo o povo. Moisés entendeu isso! Não bastava dizer que pertencia ao povo e permanecer a quilômetros de distância, precisava estar junto a ele. Mesmo quando não era compreendido, ou até maltratado pelos seus, continuou a abençoá-los. Sua decisão de servir não estava baseada na resposta das pessoas, mas sim na obediência ao seu Deus.

Pr. Paulo Júnior

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